BULLYING: DIRETO OU INDIRETO
- Milena Rossetti
- 13 de mai. de 2017
- 11 min de leitura

O Bullying pode ser direto e indireto (Cavendish & Salomone, 2001; Martins, 2005; Beran, Tutty & Steinrath, 2004). O bullying direto e físico inclui comportamentos como bater, dar pontapés, roubar ou estragar objetos, extorquier dinheiro, forçar comportamentos de caráter sexual, obrigar a realizar tarefas contra a vontade dos outros, fazer ameaças (Martins, 2005).
O bullying direto e verbal, é caracterizado pelo uso de comportamentos de controle e poder não físicos, como provocações direcionadas à vítima com a intenção de humilhar, insultar chamar por nomes e colocar apelidos desagradáveis (Cavendish & Salomone, 2001; Martins, 2005).
O blullying indireto e relacional é caracterizado pela manipulação das relações sociais e refere-se a atos como excluir alguém de forma sistemática do grupo de pares, ameaçar a perda da amizade ou a exlusão do grupo. As vítimas deste tipo de agressão são isoladas, sendo prejudicadas, uma vez que a aceitação pelos pares é vital para o desenvolvimento social do indivíduo (Cavendish & Salomone, 2001; Martins, 2005).
Quanto aos comportamentos típicos do bullying, Seixas (2005) destaca agressões físicas (como bater, empurrar, dar pontapés), verbais (como xingamentos), manipulação social (como expalhar rumores), maus tratos psicológicos (como ameaças) e ataques a propriedade (furtos e destruição de objetos). Os comportamentos mais comuns encontram-se relacionados com a agressão verbal e indireta (Bandeira & Hutz, 2012; Sapouna, 2008).
Carbone-Lopez, Esbensen & Brick (2010) em um estudo realizado com 1.222 alunos, encontraram que a presença de bullying indireto é aproximadamente o dobro comparado com o bullying direto. Neste sentido, Pereira e colabs. (2009) verificaram uma relação entre os insultos e questões de cor e etnia. Trabulo (2011 citado por Castela, 2013).) verificou que os valores médios relacionados com a vitimização são superiores nos alunos que identificaram algum tipo de condição ou limitação física.
Nas situações de bullying considera-se o envolvimento de pelo menos dois sujeitos, quem agride (agressor) e quem é vitimizado (vítima), pois é, simultaneamente, um episódio de agressão e vitimização (Seixas, 2005). Mas é preciso destacar a participação dos observadores ou testemunhas, neste sentido, Salmivalli & Voeten (2004) identificaram quatro tipos de observadores: o "Defender" que tenta impedir o bullying; o "Reinforcer" que estimula o agressor a perpretrar o bullying, mas não se envolve diretamente; o "Assistant" que ajuda de forma ativa o agressor e o "Outsider" que não faz nada.
Os autores verificaram que os papéis mais comuns são os de "Outsider", "Reinforcer" e "Defender", sendo que as meninas encontram-se mais presentes nos papéis de "Outsider" e "Defender", os meninos, por sua vez assumem com maior frequência os papéis de "Reinforcer" e "Assistant".
No entanto, Bandeira & Hutz (2012) afirmam que a maioria dos observadores apresentam sentimento de tristeza quando presenciam uma situação de bullying, algo que é mais observável entre as meninas, pois os rapazes tendem a ignorar mais a situação. Mesmo assim, os resultados do seu estudo indicam que 33,8% dos observadores já tentaram ajudar um colega numa situação de vitimização e afirmar que no geral surtiu um efeito positivo.
Prevalência
A prevalência do bullying varia de acordo com o recurso metodológico utilizado, por exemplo, se aos entrevistados se questiona sobre situações vividas no contexto escolar e fora dele, sendo menos identificado situações externas a este contexto (Castela, 2013) e varia de 7% a 56% (Bosworth, Espelage & Simon, 1999; Greeff & Grobler, 2008).
Pereira e colabs. (2004) realizaram um estudo com 387 alunos, dos quais 24,2% já tinham sido vítimas de bullying. Baldry & Farrington (2005), verificaram que 17,1% das vítimas relataram sofrerem bulling às vezes, e 5,6% pelo menos uma vez por semana. Os autores referem que 43,1% das vítimas já agrediram alguém, enquanto que 19,7% dos agressores já foram vítimas, sugerindo assim a presença de crianças e jovens com duplo papel, o de agressor e o de vítima.
Sapouna (2008) na Grécia verificou em um estudo com 1.758 estudantes que 8,2% foram vítimas de bullying, não sendo significativa a diferença entre o gênero masculino e feminino.
Em Portugal, nos estudos efetuados pela Health Behaviour in School-Aged Children em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, encontraram 32,1% das vítimas afirmando que sofriam de bullying uma vez por semana, e 4,6% várias vezes por semana (Castela, 2013).
No Brasil, Moura, Cruz & Quevedo (2011) em estudo para identificar características comportamentais das vítimas de bullying para políticas públicas de proteção em Pelotas (RS) observaram prevalência de 17,6%. O tipo de intimidação mais prevalente foi o verbal, seguido do físico, emocional, racial e sexual. O bullying estava associado ao sexo masculino, com hiperatividade e problemas de relacionamento com os colegas. Entre as vítimas, 47,1% também provocavam bullying.
Em Presidente Prudente, na Grande São Paulo, Francisco & Libório (2009) verificaram que 13,90% dos alunos apontaram ter sofrido ameaças. Nas 5as séries, as formas de violência se manifestaram mais por meio de ameaças físicas, contudo, nas 8as séries destacaram-se os insultos e provocações.
Fatores de Risco
Pereira e colabs. (2004) verificaram duas variáveis associadas ao processo de vitimização: o sexo e a classe social, ou seja, os participantes do sexo masculino e as crianças provenientes de classes sociais mais precárias apresentam maior probabilidade de se tornarem vítimas. Os mesmos fatores de risco foram associados aos agressores, acrescentando o ano de escolaridade, com maior probabilidade de terem um nível de escolaridade mais baixo.
Diversos estudos demonstram maior probabilidade dos alunos mais novos serem vítimas de bullying e os mais velhos de serem os agressores (Sapouna, 2008; Seixas, 2006; Trabulo, 2011 citado por Castela, 2013). Percebe-se que, com o avanço da idade e do ano de escolaridade, que o envolvimento no bullying tende a diminuir. As reprovações escolares parecem também associadas ao envolvimento enquanto agressores (Castela, 2013).
Um interessante estudo de Shemesh e colabs. (2013) acerca da alergia alimentar como fator de risco para o bullying com dados obtidos em 251 famílias, encontraram que 45,4% das crianças e 36,3% dos pais indicaram que a criança tinha sofrido bullying, e 31,5% das crianças e 24,7% dos pais relataram o bullying especificamente devido à alergia alimentar, incluindo freqüentemente ameaças com alimentos, principalmente por colegas.
Bullying foi significativamente associado à diminuição da qualidade de vida e aumento de estresse nas crianças nos relato dos em pais e filhos, independentemente da gravidade da alergia. E maior frequência de bullying foi relacionada à qualidade de vida mais pobre. O conhecimento dos pais sobre as características do bullying foi associado a uma melhor qualidade de vida e menos sofrimento nas crianças vítimas de bullying.
Outro estudo investigou experiências de bullying entre as crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) a partir do relato dos pais. Os autores verificaram que experiências de bullying são muito comuns entre as crianças com TEA, com taxas de vitimização que são o dobro do encontrado na população em geral. Estas experiências estão associadas à vários problemas de saúde mental.
Com base no relato dos pais, os autores desenvolveram um perfil dos indivíduos com TEA com maior risco de serem vítimas do bullying. São os mais novos, com mais dificuldades de comunicação, com problemas de saúde mental internalizantes (ex.: sintomas de ansiedade), com poucos amigos na escola (mais isolados), com pais com problemas de saúde mental (Cappadocia, Weiss & Pepler, 2012).
Impacto e consequências
O bullying é uma prática que acarreta sofrimento psíquico, diminuição da autoestima, isolamento, prejuízos no aprendizado e no desempenho acadêmico. As vítimas, frequentemente, têm um sentimento de insegurança que as impede de solicitar ajuda. Fazem poucas amizades, são passivos e não reagem aos atos de agressividade. Muitos passam a ter prejuízos no seu desempenho escolar, recusam-se a ir para a escola e às vezes simulam doenças. Não raro trocam de colégio ou abandonam os estudos.
A presença de transtornos mentais em vítimas de bullying também é evidente. Estudos apontam que crianças vitimizadas podem apresentar risco de suicídio, depressão, ansiedade e problemas de relacionamento. Devido à presença de transtornos comportamentais e de aprendizagem, são necessárias estratégias de intervenção desenvolvidas a partir do conhecimento dos tipos e das prevalências de bullying nas diferentes comunidades (Moura e colabs, 2011).
De acordo com Wolke, Copeland, Angold & Costello (2013), mesmo as agressões físicas e/ou psicológicas ocasionais, não recorrentes, podem contribuir de forma negativa para o bem estar e comportamento dos jovens e também desenvolver consequências na idade adulta, como prejuízos da saúde e/ou competências sociais.
Para Carbone-Lopes e colabs. (2010), pode deixar consequências graves, ainda que dependam de características individuais da vítima para sua ocorrência, da frequência da agressão e do tipo de agressão sofrida. Os autores concluíram que o bullying indireto nos garotos encontra-se associado ao desenvolvimento de comportamentos delinquentes e nas garotas relaciona-se com a associação a pares desviantes, ao consumo de drogas e a uma baixa autoestima. De acordo com Haberf e Glatzer (2209), existe também uma maior probabilidade de as crianças vítimas de bullying continuarem a serem vítimas ao longo da vida (no trabalho ou nas relações).
De acordo com Albuquerque, Williams & D’Affonseca (2013) observa-se presença de ansiedade, depressão, ideação suicida ou tentativas de suicídio. Há ainda a ocorrência de sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça, dores de estômago, enurese, tonturas, problemas de sono e dores musculares.
No que se refere aos problemas em relações interpessoais, constata-se a ocorrência de sentimento de ineficácia social e dificuldades de relacionamento interpessoal. Podem estar presentes também comportamentos agressivos, homicídio a pares na escola, envolvimento com atividades ilícitas, como portar arma ou utilizar drogas.
Além dos problemas típicos da vítima, os agressores podem apresentar também: baixo rendimento escolar, abandono da escola, envolvimento em condutas infracionais, problemas com o sistema legal e abuso de substâncias.
Quanto a possível relação entre bullying e o desenvolvimento tardio de sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), apesar dos resultados apontaram uma relação, tanto na infância quanto a longo prazo, não há dados suficientes que explicitem como se dá essa relação. Contudo, há evidências de que alguns indivíduos que sofrem vitimização por bullying possam apresentar maior vulnerabilidade para desenvolver TEPT.
Intervenção
Campos & Jorge (2010) aplicaram um questionário com perguntas fechadas em 107 educadores, em 14 escolas particulares de Natal, Estado do Rio Grande do Norte. Os autores verificaram que 83% dos entrevistados já ouviram falar em bullying e a necessidade de intervenção foi relatada por 97,03% dos entrevistados, dos quais 73,27% já foram chamados por alunos ou funcionários da escola para remediarem situações dessa ordem.
Os autores sugerem a intensificação de estudos relacionados ao assunto e o desenvolvimento de ações e programas que envolvam a comunidade escolar (educadores, pais, alunos, funcionários), em parceria com o Conselho Tutelar e demais órgãos ligados à proteção da criança e do adolescente.
Neste sentido, Castela (2013) ressalta a necessidade de se criar e implementar modelos de prevenção e intervenção que possam ser aplicados de forma precoce nas escolas para que se consiga obter um maior impacto nas estruturas cognitivas das crianças, visto que crenças normativas acerca da agressão, que justificam comportamentos agressivos são mais instáveis em idades precoces e apresentam uma tendência de aumento e estabilização ao longo do tempo.
Sendo assim, espera-se que programas de prevenção e/ou intervenção criem mudanças nas crenças que aprovam o comportamento agressivo, que por sua vez poderão ajudar a reduzir os comportamentos inadequados.
Segundo Swearer e colabs. (2010) o bullying será reduzido ou interrompido quando os programas de prevenção e intervenção visarem a complexidade das características do indivíduo, de seus pares, o contexto escolar, familiar e da comunidade em que o bullying se desenrola. Dado o rápido crescimento desta literatura, e o advento de informações na Internet que tem facilitado o intercâmbio de informações nesta área, a pesquisa sobre o bullying e vitimização pode influenciar a prática educacional. A relação entre a pesquisa e prática é a resposta para a questão de como erradicar o bullying entre os jovens.
Neste sentido, Stelko-Pereira & Williams (2012) ressaltam que o processo de desenvolvimento de programas não pode terminar apenas na elaboração e avaliação de intervenções. Afirmam que é preciso convencer pessoas, governos e instituições de que programas preventivos baseados em estudos são necessários, sendo mais adequados do que as intervenções não apoiadas em pesquisas, e, portanto, é vantajoso para o público-alvo que tais intervenções sejam empregadas.
Dessa forma defendem o desenvolvimento de uma rede de enfrentamento ao bullying no Brasil, tal como a PREVnet: Promoting Relationships and Eliminating Violence Network (Promovendo Relacionamentos e Eliminando a Violência), com informações disponíveis no site www.prevnet.ca.
Esta rede canadense tem como objetivos principais:
1) educar para que todas as instituições que envolvem crianças e adolescentes se comprometam a enfrentar o problema do bullying;
2) prover ferramentas para crianças, adolescentes, famílias, escola e comunidade avaliarem o fenômeno do bullying;
3) auxiliar no desenvolvimento de estratégias preventivas científicas que considerem as diversas etapas do desenvolvimento humano;
4) participar do desenvolvimento de políticas públicas para que se defina o que será considerado bullying e quais serão os procedimentos com relação à vítima, ao autor, aos pares, aos adultos relacionados aos alunos e à comunidade quando um episódio ocorrer.
A rede busca fornecer variadas estratégias, abarcando diferentes públicos. No endereço eletrônico da rede, essas estratégias são detalhadas e subdvidem-se em informações para: todos, crianças, adolescentes, pais ou cuidadores, educadores e outros profissionais envolvidos com crianças e adolescentes.
Referências
Albuquerque, P. P., Williams, L. C. A., D’Affonseca, S. M. (2013). Efeitos Tardios do Bullying e Transtorno de Estresse Pós-Traumático: Uma Revisão Crítica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29 (1), pp. 91-98.
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Bandeira, C. & Hutz, C. (2012). Bullying: Prevalência, implicações e diferenças entre os gêneros. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 16 (1), pp. 35-44.
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Wolke, D., Copeland, W., Angold, A. & Costello, E. (2013). Impact of bullying in childhood on adult health, wealth, crime and social outcomes. Psychological Science, 20(10) pp. 1-13.
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